quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019












a minha calma se faz
do meu amor pelas coisas mais despretensiosas
aquelas para as quais se olha e delas se pensa
que valem menos que uma pétala de rosa
ou que sequer se olha e sequer se pensa
quaisquer que sejam olhar e pensamento
perco meu tempo com a passagem branca das nuvens
com o canto sonoro dos pingos da chuva
com o brilho que fala nos olhos dos bichos
e esse tempo perdido, venho perdendo
desde quando eu era menino
ou quem sabe até antes do menino que eu era
já me acalmasse sendo o próprio tempo
do branco que passa
dos pingos que cantam
dos bichos que falam

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