quarta-feira, 15 de abril de 2020









aos amigos me revelei
com prudência e carinho
jamais me furtei 
ao que estimo e admiro
cuidei ser sincero
ao limite de não ser estouvado
longe de os condenar 
e sequer julgá-los
penso que se confundiram
no torvelinho das palavras,
afinal são tantas 
para expressarem as nossas ideias
- haja vista os milhares que escrevem
e os milhões que interpretam -
assim, apesar do equívoco
resigno-me a aceitar a sentença
entretanto afirmo, nada disso importa
diante da amizade que em mim permanece
sem mágoa, sem mácula

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