sábado, 2 de março de 2019










a manhã que eu queria
era tão antiga quanto os muros de barro
que ainda não existiam

a manhã que eu queria
era tão silenciosa quanto as florestas
dos contos de fadas

a manhã que eu queria
era aquela em que de longe se ouvia
cantigas de roda na praça

a manhã que eu queria
era todinha de sombras e pedras
e por elas escorria
uma água branquinha que borbulhava

a manhã que eu queria
era aquela que o vento trazia
e passava...e passava...
e passou tão depressa

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