sábado, 25 de novembro de 2017























neste voo que é cego
abro minhas asas
e permaneço no vácuo
não subo e nem desço
flutuo
aprendi esse voo
desde menino
menino sozinho que aprende
com seus sonhos
com seus medos
com a espera daquilo
que vale a pena esperar
mas ninguém engana
o menino que sabe
que aquilo nunca virá
e foi assim que desde menino
abro minhas asas
neste voo que é cego
e permaneço no ar

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