Os meus conflitos
eu os exponho
no meu texto poético
são verdadeiros
contundentes, inexpressivos
entidades misteriosas
Às vezes são sonhos desfeitos
outras vezes são sinais mal interpretados
falo deles
e falo daquilo
que predomina no meu âmago profundo
me entrego, me revelo
em versos mal feitos
de um pobre poeta
tocado pelas coisas do mundo
por temores e anseios
por vagas esperanças
do que foi um dia menino
daquilo que permanece
encanta e oprime
Desperto com minhas palavras
canto, festejo
quando percebo que acerto
o alvo num ínfimo detalhe
que a mim mesmo me conta
sobre esse desconhecido
que há tempo viaja comigo
e que guarda consigo
segredos que me foram roubados
segredos que mais que tudo
convém a mim decifrá-los
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