sábado, 7 de janeiro de 2017

Viajei pra Lisboa
numa nau encantada
pelo mar que queria
o dos séculos passados

De seu canto no mundo
Portugal era proa
que mirava rumos incertos
e os percorria pelas águas marinhas

Partir de sonhos desperto
de Sagres para além do que se sabe
sob a divisa de Avis ou Borgonha
por honra e glória da coroa lusitana

Trazei-me cá todo ouro, toda prata
proclamava El-Rei por decreto
o cetro do reino se espalhava
pelo infinito de oceanos e africas

A primazia das descobertas
as rotas das especiarias
toda bravura de seus navegantes
fez do Condado um império gigante

Tanto mar, tanta terra afora
outrora todo orgulho das conquistas
um passado longínquo que ressoa
na doçura sem igual
da língua que se pronuncia


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