quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
TRANSVERSAL
Jamais me esquecerei de você
nem que eu viajasse pra Marte
e por lá ficasse
mesmo na hora da morte
me lembraria de você
se você soubesse
- nada mudaria, é verdade -
quantas vezes revejo você
revejo enganado
pelo desejo de rever você
confundo você num outro olhar
num gesto qualquer
numa palavra mencionada
que há séculos a mesma palavra
foi pronunciada por você
assim há de ser
assim há de ser eternamente
a transversal que não se explica
a lembrança que fica
de alguém como você
que mal conheci
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