quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Em Mangaratiba
fiz um poema tão doce
que se chupava
como se fosse
jabuticaba

Em Cangerê
fiz um poema saboroso
que se comia
como se fosse
acarajé

Em Mossoró
fiz um poema ritmado
que se ouvia
como se fosse
baião no forró

Em Barbacena
fiz um poema tão velho
que se mostrava 
como se fosse
brilho de ouro

Em Maragogi
fiz um poema lindo
que se dizia
até mesmo
dormindo

Em Farroupilha
fiz um poema tão bom
que se sorvia
como se fosse
cuia de chimarrão

Em Itamambuca
fiz um poema tão suave
que se sentia
como se fosse
afago da brisa

Em nossa língua
cada palavra exala poesia
que se revela 
como se fosse
alma divina


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